DO GARIMPO AO TURÍSMO: O PODER DO ESTADO E A PRODUÇÃO DO ESPAÇO NA CHAPADA DIAMANTINA–BAHIA (1980 – 2000)

Autores

  • Juliana de Souza Rocha Doutoranda no Programa de Pós-Graduação de Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente (PPGM-UEFS)
  • Marjorie C. Nolasco Professora no Programa de Pós-Graduação de Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente (PPGM - UEFS)

Palavras-chave:

Estado, Políticas Públicas, Garimpo, Turismo

Resumo

A produção do espaço turístico na sociedade capitalista ocorre em decorrência da ação de atividades econômicas que utilizam os atrativos dos lugares como produto - o turismo. Enquanto prática social, esta atividade, considera como atrativos as potencialidades dos lugares a exemplo das potencialidades naturais e histórico-culturais. Utilizou-se neste ensaio as referências conceituais sobre Estado e Políticas Públicas, a fim de compreender a atuação do Estado na criação do circuito turístico do diamante na Chapada Diamantina (Bahia). A metodologia utilizada foi pesquisa documental e bibliográfica, ao qual se verificou como resultado que o governo do Estado da Bahia, nos anos de 1980, enfrentou influência de ambientalistas no combate a degradação ambiental decorrentes do garimpo de dragas. Estratégias e políticas de Estado são criadas para o desenvolvimento da região, pelo viés do turismo. Com a Unidade de Conservação - Parque Nacional a Chapada Diamantina - se proíbe a extração de diamantes, admitindo o uso do espaço para o turismo. As funções do espaço, nessa nova ordem são socioeconômicas e territoriais. O Estado assume relevância fundamental para novos arranjos na Chapada Diamantina. Conclui-se que houve uma ruptura da atividade econômica desenvolvida com a exploração de lavras de diamantes, para o surgimento do turismo. Há uma nova dinâmica na produção do espaço geográfico ao longo das ultimas décadas do século XX na região.

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Publicado

2025-04-04